segunda-feira, 18 de abril de 2011
Tenis ou frescobol - Rubens Alves
O tênis é um jogo feroz, o seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar, o BOM jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do adversário, e é justamente para ai que ele vai dirigir a sua cortada – palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo nao pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora do jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza do outro.
No tênis o objetivo é derrotar o adversário, o BOM jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do adversário, e é justamente para ai que ele vai dirigir a sua cortada. O prazer do tênis encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo nao pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora do jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza do outro.
O frescobol se parece muito com o tenis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meia torta, a gente sabe que nao foi de proposito e faz o maior esforço do mundo para devolve-la gostoso, no lugar ceerto, para que o outro possa pega-la. Nao existe adversário porque nao ha ninguem a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguem ganha. E ninguem fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguem erre. E quem erra pede desculpas e o que provocou o erro se sente culpado, mas nao tem importancia, começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguem marca pontos....
O frescobol se parece muito com o tenis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.. Nao existe adversário porque nao ha ninguem a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguem ganha. E ninguem fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguem erre.
A bola são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob forma de palavras.
Conversar é ficar batendo a bola pra lá e pra cá, mas há pessoas que jogam com os sonhos como se fossem tênis, ficam a espera do momento certo para a cortada!
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