Comandante Aderaldo

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Pai Compreensivo

Ser pai é uma tarefa honrosa. No passado e no presente ser pai foi e é um privilégio que, não obstante alegrias imensas e constantes, alterna temores e provações. Os pais sempre querem o melhor para seus filhos, envidando esforços que possam equipá-los para assumir suas responsabilidades. Os pais acompanham, à semelhança do preceito bíblico, o crescimento de seus filhos: “E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens”.

A Bíblia registra a história de uma família que, dotada de recursos, mantinha um empório comercial na cidade de Cafarnaum. Era a família de Zebedeu e de Salomé, sua esposa, pais de Tiago e de João, possivelmente envolvendo Pedro e André naquela sociedade pesqueira. Aquela era a cidade de Jesus. Certa ocasião, quando ele caminhava ao longo do mar da Galiléia, viu Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Na mesma caminhada viu a Tiago e seu irmão João, filhos de Zebedeu. Chamou os quatros, que prontamente seguiram a Jesus.

Zebedeu, um pai que contava com os filhos para o sucesso do empreendimento, não esboçou a mínima contrariedade. Se já não podia contar com Tiago e com João, tinha seus empregados para tocar os negócios. John D. Davis afirma: “Não opôs nenhum embaraço para que seus filhos seguissem a Jesus”. Estavam consertando as redes e entendeu seu pai que um novo concerto começava para eles. Tiago, o primogênito, se tornaria o primeiro apóstolo a sucumbir martirizado.

Na história da família de Zebedeu, sua mulher, Salomé, parece que estava sempre presente nos lugares por onde Jesus andava. Quando o Senhor subia para Jerusalém, aconteceu o inesperado e até jocoso pedido para que Tiago e João se colocassem à direita e à esquerda quando ele estivesse no seu Reino. O evangelista Mateus até registra que Salomé ajoelhou-se diante dele para corroborar o pedido dos filhos. Ela testemunhou, ao lado de outras mulheres, a crucificação. Ela também compartilhou na compra de aromas para ungi-lo.

Zebedeu, um nome estranho que significa “Jeová tem dotado”, é um bom exemplo para os pais dos tempos pós-modernos. Ele não perdeu os filhos, pelo contrário. Ele permitiu que seus filhos seguissem os passos daquele que foi “o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”. Tiago e João, filhos de Zebedeu, ao lado de Pedro, formaram a tríade que sempre apareceu ao lado de Jesus em momentos marcantes como no alto monte onde aconteceu a “Transfiguração” e na “Agonia do Getsêmani”.

Pais compreensivos são aqueles que não desviam os filhos da carreira mais importante. Venham a ser eles engenheiros, médicos, comerciários, pastores, astrônomos, geômetras, funcionários públicos, diplomatas, escritores, empresários, garis, lavradores, etc. Entretanto, que jamais estejam alheios às palavras de Jesus: “Graças te dou, ó Pai, Senhor da terra e do céu, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mateus 11.25-27).

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